Um rock para caçador aos olhos do Biel


Comecei a ver muitas coisas sendo publicadas no facebook com o título “Um rock para Caçador”. Fiquei um tanto quanto curioso sobre o assunto e fui me informar. Fiquei sabendo que alguns artistas iriam fazer histórias com rockeiros aqui por Caçador e fiquei atento para o dia de lançamento deste Graphic Novel, caiu numa sexta e felizmente não tinha aula neste dia. Marquei na agenda do meu celular e fiquei esperando ansiosamente para ver este tal de “Um rock para Caçador”.


Chegou a dita sexta-feira. O local era o auditório da reitoria da UNIARP e, não sei o por quê, coloquei na minha cabeça que iria ser no teatro da UNIARP, foi um inferno conseguir achar vaga para estacionar o carro mas, até que consegui. Entrei no teatro e estava tocando uma música do Chacrinha, fui entrar para dar uma olhada, sabia que a banda “Velho Cão” iria fazer uma apresentação acústica para o evento mas, não sabia que ia rolar Chacrinha... Foi difícil conseguir chegar à entrada. Vi aquele teatro topetado de gente, achei um cara com uma camisa escrito alguma coisa relacionado ao Rock, pensei que era ali mesmo, mas aí olhei para o palco e vi várias crianças dançando. Sai de uma maneira bem estratégica e perguntei para uma mulher se era ali que estava acontecendo o lançamento do dito álbum, fui informado que não era ali, mas poderia ser no auditório da reitoria.

Chegando ao local correto, vi aquela galera do rock de sempre, comprei meu álbum e me sentei. Estava um negócio muito chique, achei que iria ser só a venda do álbum e pronto e creio que todos os artistas também pensaram nisso, pois todos que os falaram estavam impressionados pois nunca foram tão bem recebidos e tido uma solenidade de venda/apresentação de suas publicações.


Os únicos artistas que desenharam para o livro e que eu conhecia eram: O meu amigo Cleiton Patrick, Gerson Witte e Andre Caliman. Quem começou falando sobre o álbum foi o André, já conhecido aqui por Caçador. Ele comentou que através de uma conversa com o Cleiton surgiu a ideia de se fazer umas histórias com rockeiros aqui em Caçador e numa viagem dele começou a pensar que talvez o Elvis não estaria morto mas, sim morando na Maria fumaça aqui de Caçador. Nisso foi feito convite para outros quadrinistas escolherem um personagem pra fazer suas histórias.

Estava muito ansioso para saber se alguém tinha escrito uma história com o Renato Russo, não sei você já percebeu que no cabeçalho deste blog tem uma caricatura dele, e estava querendo muito conversar com o artista que havia feito. Eis que o Liber Paz começou a explicar como ele havia escolhido o Renato, ele queria escolher o Raul Seixas, mas alguém já havia escolhido então ele pegou o Renato. Na hora das perguntas não pude deixar de expressar minha indignação sobre o assunto, é claro que eu estava brincando, mas o Liber me explicou que ele gosta muito de Legião Urbana e realmente lendo a história dele percebi que ele utilizou falas parecidas com aquelas brincadeiras que Renato Russo fez no melhor CD que já escutei em minha vida: “Acústico MTV – Legião Urbana”. Na hora dos autógrafos pedi para que o Liber escrevesse: “Com desculpas ao Renato Russo e ao Legião”, hehehehe. E que fique aqui o registro, espero que você esteja lendo Liber Paz, sua história ficou muito massa, Parabéns.

Uma história também que me diverti muito lendo também foi a do quadrinista Antonio Eder. Achei muito interessante a forma como ele desenha e a sua história contempla muito humor e a famosa série “vagalume”. Ele retratou um dos grandes problemas de quem já participou de uma banda: “Que nome escolher para a banda?” E não posso deixar de citar uma coisa que o Antonio disse: “Caçador deu um grande passo com este álbum, vocês estão anos luz a frente de Curitiba” 

Fiquei muito feliz com isso, falar de incentivo a cultura em nossa cidade é algo meio complicado, mas é por causa desses malucos que ainda acreditam na cultura que temos eventos como a Virada do Rock e agora com o álbum de quadrinhos a fundação de cultura está engatinhando, mas já está mostrando sua força com certeza.

E como não comentar sobre a história do Cleiton com os Beatles e seu submarino amarelo? Até as capivaras participaram da história hehehe. Inclusive o Slash de Paulo Kielwagen apareceu aqui por Caçador. E para minha supresa, o Fabrizio Andriani colocou até o saudoso “Manimal” em uma história, achei muito engraçada e criativa a história, fiquei surpreso em saber que o Manimal é conhecido até em outras cidades. Peço desculpas aos outros artistas, não vou poder comentar sobre todas as histórias, mas precisava falar sobre aquelas que mais me chamaram a atenção.

Eu embelezando a foto :D
Acho que a parte mais legal da noite foi a hora dos autógrafos. Foi engraçado ver os quadrinistas duelando para ver quem fazia o desenho mais bonito. E tenho que agradecer ao Gerson Witte que me indicou uma banda para eu escutar: The Smith Morrisey, muito boa por sinal. E não posso deixar de falar também da criatividade da Carol Sakura. Pedi para ela assinar meu álbum e escrever uma frase de uma música que ela gostasse da Rita Lee e ela escreveu o seguinte: “Um belo dia resolvi mudar para Caçador, pelo menos em alguns sonhos!”, parafraseando com a música “Agora só falta você”.


E uma coisa muito interessante é que ninguém conhece a expressão “tchô”, foi massa ver os quadrinistas tentando utilizar essa expressão inteiramente Caçadorense.

E para finalizar, só tenho a agradecer todos esses artistas que toparam desenhar para o álbum “Um rock para Caçador”. As portas daqui sempre estarão abertas para vocês e, aliás, quando que sai o segundo volume?

Talvez você tenha viajado legal no texto inteiro, mas para você entender é simples: passe na Gibiteca de Caçador e dê uma olhada no álbum...

Revisão: Tamirys Taborda
Fotos: Acervo Pessoal

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