Campanha Pequeno Abraço
Tudo começou quando fui convidado para participar de uma reunião cujo tema era uma ação social para crianças. Sempre fui um cara engajado com os problemas ambientais e quando fiquei sabendo que a campanha era utilizar materiais reciclados para fazer brinquedos fiquei contente e aceitei participar da equipe de organização.
Após várias reuniões chegou o dia de ir visitar as famílias que foram indicadas por uma entidade parceira.Eu e mais um amigo tínhamos que ir em três famílias e convidá-las para ir domingo na escola Wanda Krieger Gomes passar a tarde brincando, fazendo brinquedos e com um delicioso lanche.
Confesso que achei que seria mais fácil conversar com as elas, mas assim que chegamos na primeira casa fomos recebidos com alguns olhares desconfiados. Explicamos do que se tratava a campanha que estávamos representando e aos poucos fomos ganhando intimidade.
Essa desconfiança das famílias não foi algo que me surpreendeu, mas fiquei um tanto quando perplexo. Quantas vezes bairros carentes são capa de jornal acontecimentos violentos, mas quando acontece algo de bom as lentes nunca são voltadas para lá. Muitas vezes quem fala mal das periferias nunca passeou por ali, nunca se quer entrou no bairro, mas todos dizem que lá é violento e é obvio que isso irá refletir na maneira de agir das pessoas.
Chegou o grande dia. A minha oficinatinha sete crianças e eu ajudava a fazer cavalinhos com cabo de vassoura, barbante, garrafa pet, E.V.A. e cola quente e outro amigo meuajudava a fazer gaitas comcaixas de leite, papel, tampinhas, barbante, canetinha e cola quente.
Não tenho muita experiência com crianças e isso foi um grande desafio pra mim, pensava que iria ser tranqüilo, mas várias vezes ouvia:
- Ô professor, ficou torto meu cavalo!
- Ô professor, posso ir ao banheiro?
- Ô professor, a cabeça do cavalo caiu!
Tivemos alguns Diegos que só fizeram bagunça mas, também várias Talitas e Anas que eram bem comportadas e saíram alegres com seus cavalos. Vi vários Andreis partilhando seus brinquedos com os amiguinhos. Também vi vários Pedros que visitaram todas as oficinas de brinquedos.
Quando chegou ao fim da campanha não sentia mais minhas pernas, o cansaço tinha me consumido, a cabeça estava quase estourando de tanta dor mas, tudo isso foi recompensado com o olhar das crianças em ver seus brinquedos prontos.
Crianças são os seres mais puros que existem, com eles não tem meio termo ou é feio ou é bonito e você receber um “Obrigado profe”...Não tem nada que possa recompensar.Parece que o cansaço desaparecia quando eu via algumas fotos das crianças sorrindo e brincando.
Para eu conseguir realizar esta ação tive que sair da minha zona de conforto e detrás do computador. Ah! Tive que disponibilizar o meu tempo para me preocupar com o próximo.
Engraçado que há várias pessoas que tem resposta para tudo, até como acabar com a miséria mas, nunca vi essas mesmas pessoas fazendo algo de bom para o próximo. Bom, é mais fácil dar somente uma esmola, assim eles se livram da culpa.
É importante ressaltar que participei da ação para ajudar pessoas e não para me vangloriar, longe disso, estava apenas exercendo meus ideais, isso mesmo,“ideais”, aquilo que muitos nem tem.
Revisão: Tamirys Taborda.
Fotos: Viviane Basílio.
Após várias reuniões chegou o dia de ir visitar as famílias que foram indicadas por uma entidade parceira.Eu e mais um amigo tínhamos que ir em três famílias e convidá-las para ir domingo na escola Wanda Krieger Gomes passar a tarde brincando, fazendo brinquedos e com um delicioso lanche.
Confesso que achei que seria mais fácil conversar com as elas, mas assim que chegamos na primeira casa fomos recebidos com alguns olhares desconfiados. Explicamos do que se tratava a campanha que estávamos representando e aos poucos fomos ganhando intimidade.
Breve explanação sobre sustentabilidade |
Preparando os materiais para os cavalinhos |
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Um exemplo da gaita que fazíamos |
- Ô professor, ficou torto meu cavalo!
- Ô professor, posso ir ao banheiro?
- Ô professor, a cabeça do cavalo caiu!
Tivemos alguns Diegos que só fizeram bagunça mas, também várias Talitas e Anas que eram bem comportadas e saíram alegres com seus cavalos. Vi vários Andreis partilhando seus brinquedos com os amiguinhos. Também vi vários Pedros que visitaram todas as oficinas de brinquedos.
Quando chegou ao fim da campanha não sentia mais minhas pernas, o cansaço tinha me consumido, a cabeça estava quase estourando de tanta dor mas, tudo isso foi recompensado com o olhar das crianças em ver seus brinquedos prontos.
Crianças são os seres mais puros que existem, com eles não tem meio termo ou é feio ou é bonito e você receber um “Obrigado profe”...Não tem nada que possa recompensar.Parece que o cansaço desaparecia quando eu via algumas fotos das crianças sorrindo e brincando.
Para eu conseguir realizar esta ação tive que sair da minha zona de conforto e detrás do computador. Ah! Tive que disponibilizar o meu tempo para me preocupar com o próximo.
Engraçado que há várias pessoas que tem resposta para tudo, até como acabar com a miséria mas, nunca vi essas mesmas pessoas fazendo algo de bom para o próximo. Bom, é mais fácil dar somente uma esmola, assim eles se livram da culpa.
É importante ressaltar que participei da ação para ajudar pessoas e não para me vangloriar, longe disso, estava apenas exercendo meus ideais, isso mesmo,“ideais”, aquilo que muitos nem tem.
Revisão: Tamirys Taborda.
Fotos: Viviane Basílio.
É isso mesmo, são ações como esta que são significativas, dar esmolas ou uma simples caridade não traz os benefícios que a campanha trouxe.
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