Yo soy revolucionario

Um dia, recebi um convite de um professor, para participar de uma sessão na câmara de vereadores em minha cidade. Foi meu primeiro contato com a política. Depois de uns meses, fui avisado de que poderia me candidatar a uma vaga no programa vereador mirim.

Lá foi o pequeno Gabriel, se candidatou e conseguiu a vitória com exatos 75 votos. Sendo vereador mirim aprendi muita coisa, mas só aquilo não era o suficiente. Mais tarde tive a oportunidade de participar do programa “Parlamento Jovem”, lá conheci o poder legislativo no âmbito estadual.


Depois dessa turbulenta época de participar de tudo que era possível, achei que tinha aprendido tudo sobre política, e o pior era que eu me achava o máximo... Que burrice! Mas uma coisa era gritante: a diferença era a minha preocupação em relação à política e meus amigos nem aí, proferindo adubo toda vez que se tocava no assunto.

Como sempre fui metido, quando o assunto era organizar um churrasco pra sala, ou até mesmo pra reclamar de um professor pra diretora eu era o primeiro a ser requisitado. Com isso, aprendi uma das coisas mais básicas da política, se vemos que algo está sendo feito de forma errada, não devemos fechar nossos olhos para o problema, devemos agir e fazer com que aquilo seja realizado de forma correta.

Até que um dia eu estava em uma aula na faculdade, e um professor começou a reclamar do quadro da sala que estava frouxo, este professor em questão gostava de escrever bastante, sempre estava com um livro na mão e o pincel atômico na outra, então ficava um pouco difícil segurar o quadro, o livro e escrever ao mesmo tempo.

Seguidas vezes ouvi reclamações sobre a instituição de ensino, proferida por colegas de aula e até por outros professores, mas na segunda reclamação feita sobre o quadro resolvi fazer uma ação, requisitei que a coordenadora do meu curso, em nome da nossa sala, enviasse um e-mail para o setor responsável, pedindo para que afixassem de forma correta o quadro.

No mesmo dia em que foi encaminhado o e-mail, o quadro foi afixado corretamente. E o que isso tem a ver com política? Adianta reclamar para o Pedro se o problema é com o José? Caros leitores é nosso dever fiscalizar tudo o que acontece em nossa sociedade, denunciar para os lugares certos e não postar nas redes sócias para fins de exibicionismo.

Imagem: Acervo Pessoal

Revisão: Márcio Roberto Goes
*Texto originalmente escrito para a Tribuna Regional*