Assando a costela

Esses dias, meu pai resolveu aplicar seus dotes culinários assando um frango, apelidamos o prato de frango atropelado, o meu pai abre as costas da galinha e deixa a parte dos ossos todos para um lado e a da carne para o outro, obviamente. Era um domingo resolvi ir ao culto, e o pai deixou o frango assando e saiu dar uma caminhada no parque central, quando voltei coloquei um pouco mais de carvão e virei o frango, e depois falei ao meu pai:

- Pai você deixou do lado errado, não seria melhor ter deixado a parte da carne no fogo?

E ele respondeu:

-Não, você deixa à parte do osso a maior parte do tempo, pois ali não queima a carne, porque só tem osso, depois de esquentar aquela parte ai que você vira a parte da carne para o fogo.

Então como meu pai tem uns 30 anos a mais que eu concordei, e depois pedi para ele como se assa uma costela ele me disse que você deixa a parte dos ossos no fogo e depois você vira a parte da carne no fogo, o mesmo procedimento.

Depois disso entendi a tal de experiência de vida, não adianta discutir com alguém que mora no lugar á 30 anos e chegar outra pessoa e querer falar que não é assim que se faz, para eu conseguir aprender a assar carne, foi apenas olhando. Minha família sempre se reúne e faz churrasco e toda vez eu olhava e assim fui aprendendo, depois de assar carne outra coisa que é muito difícil de fazer é o tal do “chimarrão”, nunca entendi como a erva ficava parado, pra conseguir fazer também foi apenas olhando minha vó fazendo e meu pai também, então aquela história que costumes se passa de pai para filho é verdade, hoje se me pedirem para fazer um chimarrão e assar uma carne, não vou dizer que não, irei tentar, não adianta saber apenas na teoria, a prática e a experiência conta muito, para se fazer algo.