Espaços (des)necessários

Durante uma conversa com um companheiro de caminhada, partilhávamos nossas vidas e acabamos entrando no campo da assessoria na Pastoral da Juventude, estava fluindo bem o papo e durante uma constatação resolvi eternizar a teoria que ouvi.

Trouxe para a conversa o exemplo de um jovem, uma liderança que ainda precisa ser lapidada, talvez um dos motivos de não estar pronto foi pela falta de uma assessoria que ajudasse a caminhar de uma maneira mais objetiva, enfim, comentei que essa pessoa em momentos agia como coordenador, mas achando que já está numa posição de assessor.

Com isso trouxemos para a conversa a teoria dos espaços que necessitam ser ocupados, caso não tenha ninguém para ocupar, as poucas lideranças que existem, acabam tendo que suprir. É um processo totalmente involuntário e bem natural por sinal e que no fim das contas acaba prejudicando um grupo todo por sobrecarregar uma liderança e exigir atitudes de alguém que não possua caminhada para tal atividade.

Para exemplificar foi comentado sobre os leitores em uma missa, caso não tenha sido distribuído com antecedência, qualquer um que aparecer pela frente será o escolhido. Hipoteticamente falando, se houvesse uma equipe de leitura definida e pessoas sobrando, poderia ser feito um revezamento para não sobrecarregar ninguém ou até mesmo pensar em fazer um evangelho encenado, ou outras ideias que surgem a partir do momento que o básico já está preenchido.

Neste campo de ideias avançamos um passo a frente, analisando os impactos do sínodo da Amazônia que aconteceu no mês de outubro de 2019 em Roma, lá se aprovou com uma maioria de dois terços de bispos, uma medida que possibilita a ordenação ao sacerdócio de homens casados em áreas muito distantes onde faltam padres, mas se pensássemos que em muitas paróquias, se tivéssemos padres não tão sobrecarregados, aquelas senhoras que muitas vezes a única atividade é estender as toalhas sobre altar e em outros espaços, tivessem a oportunidade de desenvolver outras atividades, com certeza quem iria ganhar seria nossa igreja.

Mas e aí jovem? Como anda a assessoria do seu grupo de jovem, ou você coordenador(a) está fazendo todo o trabalho sozinho?

*Este texto faz parte da série PJteando, para mais textos como esse clique aqui!

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