Que tipo de liderança você é ?

Quando eu iniciava os trabalhos como coordenador de um grupo
de base da Pastoral da Juventude um padre que na época ainda era diácono, me
recomendou a leitura do livro: "O monge e o executivo", considero
como um dos melhores que já li em minha vida e de certa forma parece que a
história do protagonista se assimila a minha em várias ocasiões.
A história do livro é que um pai de família estava com sua
vida em ruínas, o seu trabalho não estava legal, seu relacionamento estava uma
droga, até o time de futebol do filho que ele dirigia estava indo de mal a pior,
meio forçado por sua esposa ele vai até um mosteiro para ter um tempo de
reflexão e aprender com um monge, que depois de um tempo ele reconheceu que era
um empresário famoso que ele tinha admiração e basicamente tudo o que ele
conversa com essa pessoa se transformava em ensinamentos e metas para a vida
dele, enquanto descrevo o livro, percebo que estou precisando fazer a leitura
dele novamente.
Pois bem, minha jornada como violeiro iniciou de uma maneira
que não aconselho ninguém a seguir a risca. Pedi aos meus pais para me pagarem
aulas de violão, mas devido a tentativas frustradas do meu pai e do meu irmão
mais velho, recebi um não, tive que recorrer á um amigo da escola, que me ensinou
um ritmo e uma sequência de acordes e quando vi estava tocando a música Last
Kiss, da banda Pearl Jam.
Para tocar na igreja precisava de um mentor, alguém que me
introduzisse as músicas mais tocadas e tudo mais, eis que um dia demonstrei interesse
em aprender com um cara que tocava numa missa e era o mais jovem dentre os
violeiros da paróquia, ele disse que me ensinaria se eu participasse do grupo
de jovens, comecei a participar e em pouco tempo percebi que ele não tinha
método pronto, obviamente fui enganado. Tive que aprender aos trancos e
barrancos, nunca me esqueço que a primeira missa que toquei era no tempo do
advento, e via de regra, não pode cantar aleluia nos cantos de aclamação, como
eu só conhecia um canto de aclamação toquei aquele mesmo.
Com o tempo fui me escolando, vendo como outros animadores
faziam e fui alimentando minha pasta com as cifras e aprendendo cantos novos.
Atualmente não toco mais violão direto na igreja, pois é nítido que não possuo
uma qualidade vocal e minhas técnicas no instrumento devem ser aprimoradas,
para isso teria que desaprender, para aprender da forma correta, porém é algo
inviável por questões financeiras e também de ter tempo disponível para isso.
Me orgulho muito de não ser conhecido apenas como o
violeiro, mas sim como o Gabriel da Costa Leite, é triste ver pessoas fantásticas
que possuem um grande potencial, mas que se escondem atrás do violão ou de
outra zona de conforto. Acredito que seria uma coisa essencial em pastorais que
possuem aulas de violão o método de tirar o violão da pessoa, desenvolver ela
primeiro, e a partir disso devolver o violão e fazê-lo entender que o violão é apenas
uma ferramenta, nada impede de fazer uma música apenas batendo palmas.
Não me considero um articulador, adoro a tática do brainstorming
ou abrasileirando o termo: “Chuva de ideias”, adoro colocar em cheque se aquilo
que a pessoa quer fazer, realmente vai ser algo útil e que julguemos correto a
defender, jamais defenderei aquilo que tenho dúvidas, talvez eu não fique tanto
em evidência, mas não estou preocupado com isso, prefiro que o nome de Jesus
Cristo cresça e eu diminua, assim como João Batista, não me importo em ser
chamado para reuniões e lá sim desenvolver um papel especial, seja com o violão
ou não.
Mas e aí jovem? Que tipo de liderança você é?
*Este texto faz parte da série PJteando, para mais textos como esse clique aqui!
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