A maldita padronização

Caros amigos leitores estou transtornado! É isso mesmo: T-R-A-N-S-T-O-R-N-A-D-O. Essa semana fui em uma padaria para tomar um café. Chegando lá, pedi um café com leite. Veio um café gostoso mas, com aquele típico sabor de instantâneo e logo percebi que o café foi preparado por uma máquina...

Passou-se alguns dias e fui até um posto de combustível e lá encontrei a mesma máquina de café que tinha na padaria. Não sendo o bastante, fui até a reitoria da universidade e adivinhem... A mesma máquina estava lá.


Na minha casa tínhamos uma cafeteira guerreira. Ela tinha mais ou menos uns 10 anos de serviço e a única coisa fraca nela era o jarro que vivia quebrando, até que um dia não encontramos mais e fomos obrigados a comprar outra cafeteira. Adquirimos uma mas que não durou nem um mês, até que foi comprada uma outra de boa qualidade.

Levei algumas semanas para conseguir definir a quantidade de água e de café para o consumo aqui de casa: às vezes fazia e faltava, outras vezes fazia e sobrava. Até que um dia percebi que com duas colheradas e meia de café e a água até o número 15 que indicava nela, o café ficava ótimo e não sobra e nem falta. Em minha casa não dispensamos o café instantâneo, naqueles dias em que a preguiça pega, ele é muito prático.

Sei que existem empresas de refrigerante que não possuem várias fábricas para produzir a bebida e que têm algumas fábricas em lugares estratégicos que produzem um líquido concentrado que é enviado para outras que diluem esse líquido e fazem o engarrafamento. Logo, se você for até a China ou aqui na esquina, o gosto do refri vai ser igual, mas será que o café tem que ser assim também?

Se bem que se for pensar, a tal da padronização não é tão ruim assim! Pelo menos você já tem uma noção do que esperar quando for tomar café dessas máquinas: Se você tomou um tipo de café e não gostou, basta trocar a sua escolha ou comprar uma bebida alternativa... Afinal, as comidas instantâneas também estão avançando cada vez mais rápido. Hoje temos mousse e pudim de caneca nos mercados, mas obviamente aquele preparado da maneira tradicional é muito mais saboroso.

A provável reação do leitor desse texto: 

- Beleza Gabriel, mas por que você escreveu o texto inteiro criticando o café e por fim se diz a favor? Por que você não critica o governo, ou sei lá, qualquer outra coisa?

Ótima pergunta caro Leitor! O problema é que eu pedi um Cappuccino e gostei muito, mas temo que num futuro próximo um cara vai ter a ideia de fazer um local onde o café é preparado de forma tradicional e logo vai ser mais caro que o café da máquina, ou seja, vamos virar reféns das malditas máquinas de café. E por que fazer um texto falando sobre isso e não sobre qualquer outro assunto? Sei lá, me deu vontade.

Correção: Tamirys Taborda

Imagem: Acervo Pessoal

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